Avatar, a Cidade perdida de Z, a selva e o homem

Quando assisti na sequência Avatar, filme de 2009, e A Cidade Perdida de Z, de 2016, não imaginei que fossem tratar de temas tão semelhantes. O primeiro longa metragem é uma super produção, inovadora em computação gráfica, que traz atores famosos, vencedor de Oscar e tudo o mais. O segundo é um filme que tem um maior enfoque na história de vida de um homem e de sua família, bem como em sua luta por reconhecimento.

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La La Land (2016) e o paradigma da felicidade

A felicidade nos filmes de comédia romântica é algo que está inexoravelmente associado a felicidade do casal protagonista. Mesmo filmes que não são necessariamente focados nesse enlace amoroso entre um homem e uma mulher (ou estruturas diferentes em filmes mais recentes) parecem trazer essa compulsão por duas pessoas sendo felizes para sempre um com o outro. Talvez aí esteja um paradigma do romance em si: a princípio ele não considera o pós casamento, traições, brigas, problemas financeiros, problemas pessoais ou qualquer outra coisa. Juntar desse ou daquele jeito basta. A partir disso, nesse pequeno ensaio com spoilers quero falar sobre como La La Land sapateia no conceito sem desprezá-lo.

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Split (2016): os muitos eus

O filme Split, traduzido como Fragmentado no Brasil, é um longa metragem de 2016 da trilogia Unbreakable, embora tenha uma história totalmente independente. Com um orçamento baixo se comparado a diversos filmes recentes, Split fez um sucesso estrondoso em bilheteria, mostrando que não apenas efeitos visuais levam gente para o cinema.

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A Chegada (2016): Ficção e linguística

A Chegada (Arrival) é um filme norte-americano de ficção científica de 2016 dirigido por Denis Villeneuve e baseado num conto de Ted Chiang chamado “Story of Your Life”. Apesar de se tratar de uma temática de ficção científica, o filme na verdade aborda muito além de apenas naves espaciais e alienígenas.

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Doutor Estranho (2016)

Doutor Estranho é mais um filme de super-heróis. Talvez eu esteja assistindo a filmes demais desse tipo mas, enfim… por ser um filme da Marvel e não ser uma sequência, eu já sabia que tinha grandes chances de ser bom. Mas os fatores que mais aumentaram minhas expectativas foram dois: primeiro, o elenco. O genial Benedict Cumberbatch, o não tão expressivo Mads Mikkelsen e a ambígua Tilda Swinton certamente não estariam juntos a toa. Em segundo lugar, a temática já não é mais sobre superpoderes, dinheiro ou tecnologia. O que confere o “super” aos heróis é uma transcendentalidade para outros mundos, além do visível ou da compreensão, escondido em frente aos olhos de todos. Essa mística pareceu inovar, trazendo uma conexão com o oriente, diferente da mística dos deuses nórdicos de Thor (que não tem muita mística, é basicamente descer a marreta).

A história centra-se em um neurocirurgião arrogante e frequentemente certo sobre tudo, mas que tem seus instrumentos de trabalho (suas mãos) lesionados por um acidente de carro. Ele vai buscar métodos convencionais e não convencionais para se curar, apelando mesmo para o que a ciência desconhece e desconsidera. Nesse caminho ele vai acabar no meio de uma briga por poder entre o vilão e sua nova mestra. Continuar lendo

Assassin’s Creed (2016)

Filmes adaptando a história de jogos nunca foram muito aclamados. Em geral, a crítica não gosta enquanto os fãs ficam divididos entre os que gostaram e os que ficaram decepcionados. Sinceramente nunca tive tempo de jogar nenhum jogo da série Assassin’s Creed, embora tenha intenção de fazê-lo algum dia. No entanto, recebi com grande satisfação o anúncio do filme da franquia, gostei muito do trailer e aguardei ansiosamente o lançamento. Continuar lendo

Suicide Squad (2016)

Suicide Squad é um filme de 2016 que trouxe uma perspectiva diferente sobre o atualmente incansável (mas ocasionalmente cansativo para mim) universo de heróis. Eu já falei aqui sobre o Batman vs Superman, que mostrou os heróis lutando uns contra os outros e depois contra todo mundo… Suicide Squad, no entanto, trás um bando de vilões, majoritariamente menos conhecidos e os coloca no primeiro plano da trama. Essa é uma mudança na arquitetura dos filmes de heróis bem interessante, talvez até aproveitando que Coringa tenha roubado a luz (ou as trevas) em The Dark Knight.

O primeiro fato que chama a atenção em Esquadrão Suicida é o Coringa, interpretado por Jared Leto. A expectativa se tornou cada vez maior em cima do filme a medida que saiam notícias de loucuras realizadas pelo ator, enquanto ele imergia 24h por dia no personagem. Isso já é conhecido de Leto, que utiliza dessa técnica para poder atuar de maneira mais realista: ele passa a ser o personagem todo o tempo. Diversos outros atores fazem ou fizeram o mesmo tipo de imersão, mas nunca com o Coringa. Nunca com um personagem cujo comportamento seja tão insano. Admito que isso me fez ficar mais interessado no filme e assisti o trailer logo após o lançamento. Continuar lendo

Warcraft (2016)

Warcraft foi para mim um grande marco no mundo dos jogos. Para mais novos do que eu e que nunca experimentaram a sensação de ir numa “lan-house”, com computadores mais caros do que seu pai poderia pagar, e dar uma nota preta para jogar por duas míseras horas um jogo cujo progresso sequer será salvo, eu sinto muito. Hoje essa realidade ainda acontece no interiorzão do Brasil, mas não estou aqui para falar disso. Lembrei que há muitos anos conheci numa dessas lan-houses, o jogo Warcraft III. Desde então, ouço promessas esporádicas sobre um filme que traria o mundo da franquia para o cinema. Eis que finalmente, após anos de espera, me sai o bendito filme. Continuar lendo

O Lar das Crianças Peculiares (2016)

O Lar das Crianças Peculiares é um filme de 2016, dirigido por Tim Burton e baseado no livro homônimo de Ransom Riggs. Só por ser um filme de Burton já me gera expectativas da qualidade da história, dos cenários e da presença de inúmeras estranhezas inexplicáveis (e que são melhores assim). Continuar lendo

Anjos da Noite 5 (2016)

Anjos da noite 5 finalmente estreiou no cinema, trazendo, quem sabe, o fim da trama? Provavelmente não. Anjos da Noite: Guerras de Sangue é um filme norte-americano, quinto da saga Anjos da Noite (sobre os anteriores, veja NESTE post). Trata-se da continuação do Underworld: Awakening (2012) e trás um novo ar sobre a série, com o retorno de uma visão mais sobrenatural de alguns aspectos dos vampiros. Continuar lendo