A franquia Alien, a sexualidade e a morte

Alien é um filme icônico de 1979, talvez embalado pelo sucesso da ficção científica de Star Wars de 1977, mas que se tornou uma referência na ficção científica de terror. A franquia gerada pelo longa metragem contou com sequências – Aliens (1986), Alien 3 (1992) e Alien Resurrection (1997) – e, mais recentemente, filmes que se passam no mesmo universo – Prometheus (2012) e Alien: Covenant (2017) – e que tem o xenomorfo como ponto em comum. Há ainda dois filmes que fazem o crossover entre a franquia Alien e Predador.

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O reboot de Jumanji e o desejo do reboot de nós mesmos

Eu me lembro muito bem de assistir ao filme Jumanji de 1995 (aquele com o Robin Willians que sempre passava na tevê aberta). Não posso dizer que era meu filme favorito e nem gostava tanto assim da animação da mesma franquia. Zathura, sequência praticamente espiritual, trás uma premissa semelhante. Ambos os filmes mostram crianças se arriscando em um jogo de tabuleiro que afeta o mundo real, sendo que perder significa arriscar a própria vida, além de não ser possível parar de jogar até chegar ao fim do jogo.

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King Arthur e a lenda da adaptação

King Arthur: Legend of the Sword é uma épica super produção de 2017. O filme é principalmente sobre esses dois personagens que figuram no título e a relação entre eles: Arthur e a Espada Excalibur. O interessante para mim do filme, no entanto, vai muito além do conteúdo.

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DragonHeart, Amor e Contradição

DragonHeart de 1996 ficou famoso por diversos motivos. Seja pela inovação em efeitos especiais (nomeada até pela Academia) ou pela história cativante, o filme fez um sucesso praticamente inesperado. No entanto, não é sobre exatamente esse filme que eu queria falar.

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Baby Driver e a fuga

Baby Driver é um filme norte americano de 2017 que aborda o desenvolvimento moral na jornada de Baby, um idealizado motorista de fugas, capaz de praticamente tudo atrás de um volante. O filme é de um polimento técnico tão singular que praticamente é por isso que é reconhecido atualmente como um bom filme. A história de crime e suspense foi boa o suficiente para emplacá-lo entre sucessos, mas a sincronia da trilha sonora e longos planos sequencia é que realmente brilharam sobre o tapete vermelho dos críticos.

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Godzilla, Kong e Lovecraft

Durante muitos anos o meu filme favorito foi o Godzilla de 1998. Não que isso seja algo do qual se orgulhar, não é exatamente uma obra prima, aclamada por muitos cineastas e extremamente influente. Só era um bom filme para mim e até hoje eu acho que consigo assistir e achar bom o suficiente. Mais recentemente assisti o reboot Godzilla de 2014, Kong: Skull Island de 2017 e Godzilla: King of the Monsters de 2019. Embora os filmes sejam excelentes em efeitos especiais, duas características me chamaram mais a atenção.

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First Reformed(2017): desespero, esperança e morte

First Reformed é um filme de 2017 que muito me angustiou e impressionou. Com um formato de tela diferente do esperado dos filmes mais atuais (4:3 e não 16:9), o longa metragem tem um desenrolar um tanto lento, mas consegue trazer uma narrativa convincente que gira em torno de um conceito muito primordial: equilíbrio. Um caminho do meio entre desespero e esperança, entre a ação radical e a inércia, entre a culpa e o perdão, é um caminho tão difícil de trilhar quanto de existir. É disso que o filme trata a maior parte do tempo e foi daí que surgiu um dos mais brilhantes monólogos que eu já assisti nos últimos anos.

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Lucky (2017) e a existência

Lucky é um filme norte-americano de 2017 dirigido por John Carroll Lynch. O longa-metragem conta a história de Lucky, ateu e morador de uma cidade na deserta Califórnia, mas que só aos 90 anos começa a perceber sua própria mortalidade e a lutar contra o desespero que isso trás em uma crise existencial.

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Ghost in the Shell (2017): crise de identidade

Ghost in the Shell é um filme de 2017 baseado no mangá homônimo de Shirow Masamune e dirigido por Rupert Sanders. Um filme rodeado de polêmica e fanboysmo. No longa-metragem somos apresentados a um futuro no limiar entre o distópico e o utópico. Uma garota sobrevive a um atentado terrorista, mas seu corpo não pode ser salvo. Seu cérebro, no entanto, é transferido para uma corpo biônico. O fantasma dela ainda está lá, a “alma” ou “mente”, mas agora em uma concha nova. A humanidade vive sob a ameaça do cyberterrorismo, e a garota, agora chamada Major, faz parte de uma seção militar do governo japonês que combate o terrorismo, mas o faz acima da lei.

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