O reboot de Jumanji e o desejo do reboot de nós mesmos

Eu me lembro muito bem de assistir ao filme Jumanji de 1995 (aquele com o Robin Willians que sempre passava na tevê aberta). Não posso dizer que era meu filme favorito e nem gostava tanto assim da animação da mesma franquia. Zathura, sequência praticamente espiritual, trás uma premissa semelhante. Ambos os filmes mostram crianças se arriscando em um jogo de tabuleiro que afeta o mundo real, sendo que perder significa arriscar a própria vida, além de não ser possível parar de jogar até chegar ao fim do jogo.

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Pokémon: Detetive Pikachu e a paternidade

Pokémon: Detetive Pikachu é um filme de 2019 inspirado na franquia japonesa de Pokémon. Embora seja um longa-metragem praticamente norte-americano, a presença do Japão não foi white-washed como em tantos outros filmes. O filme trata da mesma temática do Ad Astra (que eu já falei aqui no site): a busca pelo pai. Entretanto, de uma maneira mais apropriada para o público infanto-juvenil e, naturalmente, mais como comédia do que como tragédia.

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Ad Astra e Casos de Família

Ad Astra é um filme de ficção científica lançado em 2019 e que conta a história de um filho em busca do pai. Embora a trama ocorra dentro de uma temática espacial, com viagens interplanetárias que se aproximam muito do científico, o foco do filme é o emocional de um homem que perdeu a figura parental para as estrelas.

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A Mentira em Parasite e The Good Liar

A mentira nos filmes é geralmente algo fácil de se julgar de um aspecto moral. Vemos alguém mentindo e conseguimos perceber os motivos, julgamos, condenamos ou propomos outras saídas que não passassem por esse caminho. Na vida real, muito antes de perceber nossos motivos, sentimos. A mentira então fica mais complicada, com causas e consequências cozinhando num caldeirão, sem que saibamos de forma alguma qual será o sabor dessa sopa. Vi recentemente dois filmes que tratam da mentira de formas diferentes e com impactos distintos.

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Godzilla, Kong e Lovecraft

Durante muitos anos o meu filme favorito foi o Godzilla de 1998. Não que isso seja algo do qual se orgulhar, não é exatamente uma obra prima, aclamada por muitos cineastas e extremamente influente. Só era um bom filme para mim e até hoje eu acho que consigo assistir e achar bom o suficiente. Mais recentemente assisti o reboot Godzilla de 2014, Kong: Skull Island de 2017 e Godzilla: King of the Monsters de 2019. Embora os filmes sejam excelentes em efeitos especiais, duas características me chamaram mais a atenção.

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Dumbo e Freud

Nos últimos anos a Disney tem feito diversas adaptações de suas animações. Muitas vezes apenas refazendo a história com alguns acréscimos para valer a ida ao cinema, outras com mudanças drásticas e modificações da história inteira. Dumbo foi um dos mais mais recentes que eu assisti, lançado em 2019. Trazendo poucas referências ao original, o longa-metragem do elefante voador não foi muito bem recebido.

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Glass (2019): Quando nossas expectativas são estilhaçadas

Vidro é um filme de 2019 que encerra a trilogia de M. Night Shyamalan composta por Unbreakable e Split. Durante os dois filmes anteriores a história foi moldada em uma tensão crescente que nos faz esperar de Vidro uma reviravolta cinematográfica que ficaria no nível de filmes da Marvel ou da DC. No entanto, o filme nos decepciona nesse quesito o fazendo com brilhantismo.

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